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A Acessibilidade







“A Acessibilidade” Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU), tornou público o novo símbolo da acessibilidade. Foi concebido como uma figura simétrica conectada por quatro pontos a um círculo, representando a harmonia entre o ser humano e a sociedade, e com os braços abertos, simbolizando a inclusão de pessoas com todas as habilidades, em todos os lugares. Batizada de ‘A Acessibilidade’ (The Accessibility), a logomarca foi criada pelo Departamento de Informações Públicas da ONU, em Nova York, para aumentar a consciência acerca o universo da pessoa com deficiência. A ideia é usar o símbolo em produtos e locais acessíveis. A nova marca transmite mensagens poderosas. Primeiramente, não remete a nenhum tipo de deficiência, a exemplo da cadeira de rodas do designe anterior, fortalecendo, assim, a ideia de que a deficiência está no meio e nas pessoas que têm dificuldades em conviver com as diferenças. Depois, a mensagem que dele reverbera é a de que o modelo médico da deficiência, onde a pessoa era considerada doente e necessitava ser curada, reabilitada, habilitada, a fim de ser adequada à sociedade como ela é, sem maiores modificações, está, definitivamente, ultrapassado. Em seu lugar surge o modelo social da deficiência, onde a sociedade é chamada a entender que cria obstáculos para as pessoas com deficiência, causando-lhes incapacidades (ou desvantagens) no desempenho de papéis sociais. O modelo social, portanto, focaliza os ambientes e os obstáculos incapacitantes existentes na sociedade e não as pessoas com deficiência. Conclama a sociedade a eliminar barreira físicas, programáticas e atitudinais para que todos possam ter acesso aos serviços, lugares, informações e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional. Este último, é o modelo albergado pela Lei Brasileira de Inclusão, recentemente em vigor. Por fim, ao remeter ao modelo social, o novo símbolo ultrapassa o conceito de integração proclamado pelo modelo médico da deficiência, para albergar o processo de inclusão social. Aquele, induzia à ideia de que se pode escolher quais seres humanos têm direito de estar nas escolas, nos parques de diversões, nas igrejas, nos ambientes de trabalho, em todos os lugares, aceitando inserir na sociedade apenas as pessoas com deficiência consideradas prontas para conviver nos sistemas sociais gerais. Este, preconiza um novo caminho. Nele, as decisões são guiadas pela certeza de que o direito de escolher seres humanos é filosoficamente ilegítimo. Uma sociedade inclusiva tem compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas com deficiência. Tem compromisso com elas e com sua diversidade e se dispõe a transformações intrínsecas, uma vez que “incluir” traduz a crença de que todos têm direito de participar ativamente da sociedade. Descrição da imagem: desenho de uma pessoa com os braços abertos, inserida em um círculo.

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