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Mostrando postagens de abril, 2018

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS

Questões relativas às pessoas com deficiência relacio nam-se, indubitavelmente, aos direitos humanos. Atualmente, essa afirmação dificilmente poderá ser questionada. Porém, nem sempre foi assim. A visão acerca da deficiência, em época passadas, partia de uma percepção caritativa, visão esta que faz parte de uma história de perseguição, exclusão, menosprezo e discriminação. Desde tempos remotos até nossos dias, existiram enormes contradições no tratamento outorgado às pessoas com deficiência. Como alude Laín Entralgo em sua obra Enfermedad y Pecado [1] , as concepções acerca da deficiência oscilaram, desde a antiguidade, entre dois extremos: uma visão que considerava a deficiência como enfermidade e outra que a considerava como pecado. Diante desses extremos, flutuaram as respostas jurídicas e sociais acerca da deficiência e, no decorrer do tempo, é possível distinguir três modelos de tratamento, os quais foram dispensados às pessoas com deficiência. Ao explaná-los re

Adequada utilização da nomenclatura para combater preconceitos

É preciso considerar que ao nomear algo ou alguém se estará determinando processos de pensamento e de existência. Portanto, há de se ter em mente a importância do uso e da força da linguagem que, como instrumento de informação e conhecimento, sempre terá repercussão na construção social do coletivo e do individual humano que se queira designar. Por esse motivo, ao se referir às pessoas com deficiência é importante atentar para a correta utilização da nomenclatura, uma vez que esta é fruto de longas e árduas lutas em prol de difíceis conquistas sociais. No dizer de Sidney Madruga [1] , “a linguagem atribuída às pessoas com deficiência houve por refletir a percepção social que a elas se emprestava. Durante anos de história esse tipo de vocabulário esteve interligado aos aspectos médicos, como consequência do modelo que imperava em relação à deficiência, ora superado. Em definitivo: de acordo como nos denominam existiremos (destaque nosso). ” Além disso, Romeu Sassaki [2